quinta-feira, 19 de novembro de 2009

População e Costumes


Apesar da forte ocidentalização do Quênia, a tribo nativa é o principal ponto de referência de qualquer queniano e a diferença principal entre as diversas tribos radica na língua e suas diferentes origens.

Entre os povos de fala nilótica achará os masai, a tribo mais significativa do Quênia, originária do Sudão. Esta tribo valente e orgulhosa tem decidido manter-se alheia ao modo de vida ocidental e, ainda na atualidade, vive de pastorear seus rebanhos de vacas na zona sul do país. Os masai apenas comem carne, embora para ingerir suas vitaminas bebem o sangue das vacas, que sacam do animal furando minimamente uma véia (para não produzir sua morte); e misturando-la em cabaças com o leite. Esta tribo respeitada por todos, não cultiva a terra e nem considera ela como uma propriedade. Amam a liberdade acima de tudo e conta a lénda que se botar um masai na cadeia, ele morre de pena e dor no mesmo dia, porque não acredita que irá recuperar a liberdade.

Os luo, da mesma fala, procedem do vale do Nilo no Sudão. Quando chegaram a Quênia se estabeleceram na parte ocidental, junto ao Lago Vitória. Souberam adaptar pesca e agricultura a seus costumes. Respeitam profundamente suas crenças atávicas e têm uma estrutura tribal muito complexa.

Os kalefin, também procedentes do Sudão, chegaram às planícies ocidentais do Quênia há 2.000 anos atrás. Os turkan moram nos territórios semi-desérticos do noroeste do país, procedem de Uganda e continuam vivendo sem apenas influências ocidentais. Caracterizam-se pelos penteados com barro e por ir cobertos com um grosso cobertor apesar das altas temperaturas.

Dentro dos povos de fala bantu acham-se os kikuius, chegados a este país desde o nordeste da África. São, fundamentalmente, criadores de gado e durante muito tempo foram vizinhos dos masai. Na atualidade são, talvez, a tribo mais numerosa do Quênia, controlando todos os órgãos do poder do país.

Os meru, estreitamente aparentados com os kikuius, incorporaram-se ao rítmo de vida moderno para os anos 70. Os akamba, procedentes do sul da África, são criadores de gado e excelentes comerciantes, enquanto os gussi, assentados na zona montanhosa ao leste do Lago Vitória, são bastante numerosos e sentem um especial respeito pelo "abanya marigo" (pajé, curandeiro) quem, além de realizar as tarefas próprias de sua categoria, está capacitado para trepanar o cérebro dos membros da sua tribo para evitar perturbações ou dores de importância.

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