quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Notícias


Homem mais veloz do mundo adota animal mais veloz do mundo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009, 14:20

NAIRÓBI - O campeão olímpico e mundial de provas de velocidade Usain Bolt adotou na segunda-feira um filhote de guepardo no Parque Nacional Nairóbi, no Quênia.
O diretor do Serviço de Animais Selvagens do Quênia, Julius Kipng'etich, descreveu o evento como "o primeiro encontro na história entre o animal mais veloz e o homem mais veloz".
Bolt, que tinha dito anteriormente ter medo de guepardos, já que conseguem correr mais que ele, afirmou ter mudado de ideia quando alimentou o filhote de dois meses com uma mamadeira.
Os guepardos estão entre os mais velozes e habilidosos predadores do mundo, capazes de alcançar a velocidade de 112 quilômetros por hora. O filhote adotado pelo corredor jamaicano foi batizado de Lightning Bolt (Raio).
Bolt foi acompanhado pelo corredor de obstáculos galês Colin Jackson, que adotou um elande (antílope africano), e pelo primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, que já tem dois leões adotados.
Odinga aproveitou a ocasião para lembrar aos quenianos que é seu "dever cívico" preservar a fauna selvagem do país, não apenas pelo bem do turismo, mas para as gerações futuras.
Ele descreveu o evento como oportunidade instigante para falar de esportes e conservação da fauna silvestre, em lugar de política, em um país que nos últimos anos vem enfrentando desafios políticos imensos.
Usain Bolt vem percorrendo o Quênia desde a sexta-feira como embaixador dos esportes para a Fundação Zeitz, da Alemanha.



Procurador denuncia crime contra humanidade no Quênia

quinta-feira, 5 de novembro de 2009, 15:12


NAIRÓBI - O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, afirmou hoje ter certeza de que foram cometidos crimes contra a humanidade no Quênia em 2007 e em 2008. O país viveu distúrbios após a realização de eleições, quando mais de mil pessoas morreram.
Ocampo disse que informou ao presidente queniano, Mwai Kibaki, e ao primeiro-ministro, Raila Odinga, que pedirá permissão em dezembro, a uma corte, para abrir uma investigação formal sobre a violência, ocorrida entre dezembro de 2007 e fevereiro de 2008.
Kibaki e Odinga disseram que o governo cooperará com o TPI. "Nós estamos prontos e desejamos trabalhar e cooperar com o sr. Ocampo para garantir que aqueles que têm a responsabilidade pelos crimes cometidos sejam levados à justiça", afirmou Odinga.
O escritório do procurador-geral avalia se houve crimes contra a humanidade no Quênia desde janeiro de 2008. Em julho deste ano, o ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, que mediou o fim da crise, enviou para Ocampo um envelope lacrado com nomes de suspeitos de liderar os distúrbios.
Uma comissão independente que investigou a violência após as eleições apurou os nomes, mas decidiu não divulgá-los, temendo interferências no futuro. A comissão sugeriu que o governo forme um tribunal independente com juízes quenianos e estrangeiros para julgar os suspeitos, pois as cortes locais não seriam confiáveis, ou que o TPI cuidasse da questão.
O governo até agora não formou um tribunal independente. A violência ocorreu após rivais divergirem dos resultados das eleições de dezembro de 2007. Foi a pior crise nacional desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1963.
Kibaki e Odinga firmaram um acordo para dividir o poder em fevereiro de 2008, para encerrar a violência, que prejudicou a imagem do país, visto como o mais estável em uma região marcada por guerras civis.




Desabamento de prédio deixa 6 mortos no Quênia
terça-feira, 20 de outubro de 2009, 20:37

NAIRÓBI - Seis pessoas morreram e 14 estão desaparecidas após um prédio de três andares ter desmoronado no subúrbio de Nairóbi, a capital do Quênia, informou o policial Samuel Mukindia. O desastre de ontem ocorreu pouco mais de uma semana de a Associação de Arquitetura do Quênia ter emitido nota dizendo que 65% das construções no país estavam fora dos padrões adequados de segurança.
Segundo o policial, duas pessoas morreram quando eram atendidas no hospital de Nairóbi. Os corpos de três homens foram retirados do local do desabamento, em Kiamu. Outra vítima, uma mulher, morreu esmagada. A polícia disse que 13 pessoas estão desaparecidas, mas a Cruz Vermelha informou que os desaparecidos são 14.
Richard Chepkwony, integrante do Instituto de Engenheiros do Quênia, disse que a organização recebe relatos quase diários de prédios que desmoronam por causa de problemas de construção. Segundo ele, o desabamento da segunda-feira foi resultado de materiais de má qualidade e da falta de preparo dos pedreiros.
"Se você pegar um bloco de concreto, você pode quebrá-lo usando suas mãos", disse ele. "Mas esse não é o fim da história. Veremos mais incidentes como esse acontecendo se o governo não decretar leis que assegurem padrões de construção sejam seguidos".
Desabamentos de prédios são frequentes na África e geralmente são resultado de funcionários corruptos do setor de planejamento, materiais de má qualidade e mão-de-obra não qualificada.

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