quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Independência Queniana


Alemães e britânicos transladam à África na Primeira Guerra Mundial combatendo neste continente e servindo-se da perícia dos nativos para esta guerra. Ao finalizar a guerra Tanganika, ou África Oriental Alemã, passa a mãos britânicas. Depois deste conflito bélico, perante a alienação da população indígena, começam a florecer os movimentos independentistas. Os kikuyus se organizam e iniciam os protestos com Harry Thuku como líder que após ser encarcerado e, posteriormente liberado pelos britânicos, é substituido por Jomo Kenyatta que conseguiria ser primeiro presidente do Quênia.

Depois da Segunda Guerra Mundial aumentaram os enfrentamentos entre os colonos e a população local. Nasce um partido político com os kikuyus como máximos promotores e os mais radicais, agrupados baixo ou nome de Mau-Mau começam a atentar contra as fazendas e as plantações, causando verdadeiras matanças. Esta revolta é sufocada duramente pelo exército britânico em 1959, mas a situação origina a sensação de que o Quênia não podia seguir governada pelos brancos e muitos colonos abandonam o país. A solução era uma: Quênia multiétnica e a contra senha Uhuru, independência.

A administração colonial se planteia a convocatória de eleições democráticas na Conferência de Lancaster celebrada em 1960 em Londres. Em 1963 celebram-se as primeiras eleições livres do país com dois partidos importantes, o KANU, União Nacional Africana do Quênia, partidário de um governo unitário e o KADU, que preferia o federalismo. A vitória do KANU supõe a independência do Quênia, dentro do âmbito da Commonwealth, e a conversão do país em uma República em 1964 com Jomo Kenyatta como presidente. com este passo se logra que a convivência entre nativos e europeus seja pacífica e muitos brancos continuam residindo no país ocupando, sobretudo, postos administrativos.

O governo queniano teve que afrontar uma economia débil com a reforma agrária como principal assinatura pendente. Parcelam as grandes propriedades conseguindo que as pequenas parcelas comencem a produzir, o grande objetivo, a industrialização, segue pendente. O governo, encabeçado por kikuyus, começa a ser criticado, especialmente pelos seus rivais, os luos que pediam uma mais ampla participação. Surgem as denúncias de corrupção e os assassinatos de líderes populares como Tom Mbaya em 1969 e Kariuki em 1975, mas Kenyatta se prende ao poder chegando a converter-se em um verdadeiro ditador.

A sua morte em 1978 inicia-se a "Harambee" ("tirar juntos"). Os luos conseguem participação no governo, mas as pequenas tribos não se sentem representadas ainda que o novo presidente, Daniel Arap Moi, pertencera a uma delas, os kalejin. O novo governo inicia uma luta contra a corrupção e uma melhora das relações internacionais. Em 1983 é de novo reeleito, convidando os eleitores a designar para o Parlamento a pessoas de integridade. Em 1987 reforma a Constituição e em 1991, ainda no cargo, abole a disposição que consagrava o sistema de partido único.

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